Xuxa e a Pedofilia

Não há sentido em esconder das pessoas mais próximas que se foi abusado sexualmente quando criança e de repente soltar a acusação em rede nacional como se o telespectador fosse aquele amigo de infância em quem se deposita confiança. Não Xuxa, não colou.


É como aqueles programas de auditório em que o rapaz, com vergonha de se declarar para a moça e ser rejeitado, pede ajuda aos programas dominicais e passa a vergonha diante de um auditório lotado e sendo assistido por milhares (milhões) de pessoas. Também não cola.

A pose de vítima da Xuxa não colou. Falo do assunto porque esta senhora tornou público um tema que deveria ser de cunho pessoal. Ingênuos são os que pensam que ela o fez com a intenção de ajudar a segundos ou terceiros. Não citou nomes. Fez acusações vazias sobre um passado há muito passado e impossível de se comprovar. Aliás, segundo palavras da própria Xuxa, os abusos ocorreram por várias vezes e por meio de diferentes pessoas que não tinham conexão entre si. Tudo isso é no mínimo, muito estranho.

Como se não bastasse dizer-se vítima de pedofilia, o histórico desta senhora não é dos mais limpos. Posando hoje de porta-voz da moralidade, fez vários ensaios fotográficos nos quais pousou (sim, com u mesmo) nua em revistas masculinas (não era apenas a rainha dos baixinhos...). Imagino qual deve ser o respeito que a filha ostenta por uma mãe que se permite tais liberdades (ou liberalidades, como dizem as moderninhas).




A nudez não é vergonhosa. Vergonhoso é o que se faz com a nudez. Vender o corpo para ganhar dinheiro (ainda que para uma revista) tem um nome não muito agradável.

Alguém que se despe para uma revista não deveria trabalhar com crianças. Alguém que se desnuda e ainda por cima erotiza estas crianças muito menos. Impossível não me lembrar da abertura do “Xou da Xuxa” em que ela mostrava várias imagens de crianças e passava com um short tão minúsculo na frente em frente... Todo moleque adorava. A malícia travestida de inocência. E todos nós caiamos como patos.

Será que as paquitas, precursoras das panicats, precisavam daqueles shorts curtos para lidar com pré-adolescentes com os hormônios à flor da pele? Os meninos as desejavam, as meninas queriam imitá-las.



Lembro-me de ter visto isso várias vezes na minha infância. Meninas se vestindo com shorts minúsculos para tentar uma vaga na tão sonhada profissão de paquita. Muitas delas hoje têm filhos nos braços sem condição de criá-los e, embora a culpada seja a mãe, quem incentivou também tem um percentual de culpa.





Hoje ela faz campanha contra a exploração sexual infantil, como exponho no vídeo abaixo.



Mas espera ai... E aquele filme “Amor, estranho amor” em que ela, fazendo o papel (?) de uma prostituta num bordel tenta seduzir um menor de 14 anos fazendo poses, caras, bicos e gemidos? Se não acredita, veja aqui:



Tem algo muito errado em tudo isso. Se for assim, a Xuxa deveria ser a primeira a se entregar. É aquela história da velha prostituta pregando a castidade. Ela pode ser qualquer coisa, menos vítima.


Posted 29th May 2012 by C&P

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